Um estudo feito com 500 empresas de telecom em todo mundo mapeou os principais obstáculos do setor para avançar em direção ao 5G. O estudo Porque o Gerenciamento de Energia é Essencial para o Sucesso do 5G, realizado pela Vertiv em conjunto com a STL Partners ressalta a importância das operadoras adotarem as melhores práticas de eficiência energética, além de encorajar seus clientes a adotar serviços habilitados pelo 5G para reduzir o consumo e as emissões em todos os aspectos da vida.
O 5G será a tecnologia da comunicação mais transformadora desta geração, possibilitando novos serviços e exigindo recursos para o gerenciamento avançado da energia, algo crítico para resolver os desafios de energia e sustentabilidade. Estimativas sugerem que as redes 5G podem ser até 90% mais eficientes por unidade de tráfego do que as 4G. Mas, mesmo assim, precisarão de muito mais energia devido à maior densidade da rede, à grande dependência que têm dos sistemas e da infraestrutura de TI, ao aumento no uso da rede e ao crescimento acelerado do tráfego.
A STL Partners estima que o tráfego global de 5G ultrapassará o de 3G/4G já em 2025, tornando a sustentabilidade uma prioridade urgente para as operadoras. De fato, 40% das empresas pesquisadas para o estudo indicaram que a eficiência energética deve ser a primeira ou segunda prioridade para as operadoras ao implementar redes 5G.
Em relação a influenciar comportamentos dos clientes para reduzir o consumo de energia e as emissões de carbono, o estudo identificou três segmentos com potencial para melhorias significativas. O setor manufatureiro poderia alcançar US$ 730 bilhões em benefícios até 2023 através do uso do 5G para habilitar manutenção preditiva avançada e automação. O segmento de transportes e logística poderia obter US$ 280 bilhões em benefícios até 2030 através de assistência avançada a motoristas, infraestrutura de tráfego conectada e entregas em casa automatizadas. E, por fim, o estudo sugere que o 5G poderia permitir ao setor de saúde proporcionar melhor acesso aos serviços de saúde para até 1 bilhão de pacientes até 2030, enquanto reduz, simultaneamente, as emissões, através da maior utilização de ativos, menores deslocamentos de pacientes e médicos e maior produtividade dos médicos
Influenciar tais comportamentos é crítico para os esforços das operadoras em mitigar o impacto ambiental do 5G. Há, ainda, passos a serem dados na construção de parcerias necessárias para esses avanços. Apenas 37% dos pesquisados disseram ver hoje as operadoras como parceiras com credibilidade para a redução das emissões de carbono, mas 56% disseram acreditar que, no futuro, as teles possam ser parceiras com credibilidade nessa área.
Segundo esse estudo, as melhores práticas para mitigar os aumentos de custos trazidos pelo 5G são:
1. Tecnologia de rede: Implementar hardware e softwares projetados e operados para a eficiência.
2. Infraestrutura das instalações: Incluir novos data centers de edge para dar suporte ao TI nativo da nuvem.
3. Gerenciamento de infraestrutura: Implementar hardware e softwares adequados para medir, monitorar, gerenciar, melhorar e automatizar a rede.
4. Organização e avaliação: Ter uma visão holística, cobrindo todo o ciclo de vida, em relação a custos e investimentos.
5. Trabalhar com outros: Adotar modelos de negócioss, padrões e colaboração inovadores e não os tradicionais.
“Devido à dependência em TI para habilitar as aplicações de 5G, será necessário um alto grau de colaboração entre operadoras, OEMs, fornecedores de infraestrutura e clientes. A meta é garantir que as implementações sejam otimizadas e que cada eficiência possível seja buscada”, disse Scott Armul, vice-presidente global para DC Power e Outside Plant na Vertiv.
5G como Ferramenta para a Sustentabilidade
O estudo deixa claro que as melhores práticas e melhorias na eficiência da rede, embora sejam importantes, são apenas uma parte do quebra-cabeça trazido pelo 5G. Esses esforços precisam ser acompanhados por uma abordagem mais holística, de toda a sociedade, para refrear o uso de energia e as emissões aproveitando os recursos do 5G de formas de vão muito além do controle da operadora de telecom.
“As operadoras estão implementando redes 5G para fomentar novas receitas. Esse crescimento virá de nova conectividade e novas aplicações que possibilitarão as jornadas de transformação dos clientes das operadoras”, disse Phil Laidler, diretor da STL Partners. “Para serem parceiras informadas e com credibilidade para seus clientes, as operadoras precisam liderar pelo exemplo. A estratégia energética é um excelente lugar para começar.”
“Para avançar no quesito sustentabilidade, precisamos pensar sobre as mudanças mais fundamentais em nossa indústria. Isso inclui tudo, desde o design do data center até a adoção de soluções de energias alternativas como energia solar e baterias de íon-lítio”, disse Daniel de Vinatea, diretor de sales operation e customer services da Vertiv América Latina. “Os parceiros da Vertiv têm acesso ao portfólio completo da empresa que oferece equipamentos energeticamente eficientes de alimentação de energia, refrigeração e monitoramento. Com isso, é possível configurar soluções integradas que multiplicam essas eficiências.”
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