A redução de ritmo observada na produção industrial nacional na passagem de outubro para novembro de 2015 (-2,4%), série com ajuste sazonal, foi acompanhada por nove dos 14 locais pesquisados, com destaque para os recuos mais intensos registrados por Espírito Santo (-11,1%), Ceará (-4,5%) e Minas Gerais (-4,0%), informou nesta terça-feira (123), no Rio, o IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
O primeiro local acelerou o ritmo de queda verificado no mês anterior (-6,4%); o segundo eliminou a expansão de 1,6% assinalada em outubro; e o último completou o terceiro mês consecutivo de queda na produção, acumulando nesse período perda de 6,7%.
A região Nordeste (-2,8%) e São Paulo (-2,6%) também apontaram recuos mais elevados do que a média nacional (-2,4%), enquanto Amazonas (-2,1%), Bahia (-2,0%), Paraná (-1,3%) e Goiás (-0,9%) completaram o conjunto de locais com índices negativos em novembro de 2015. Pernambuco (3,5%) mostrou o avanço mais elevado nesse mês e intensificou a expansão de 0,5% observada em outubro último. Os demais resultados positivos foram registrados por Pará (1,9%), Santa Catarina (1,8%), Rio de Janeiro (1,2%) e Rio Grande do Sul (1,1%).
Ainda na série com ajuste sazonal, a evolução do índice de média móvel trimestral para o total da indústria apontou queda de 1,6% no trimestre encerrado em novembro de 2015 frente ao nível do mês anterior e manteve a trajetória descendente iniciada em outubro de 2014. Em termos regionais, ainda em relação ao movimento deste índice na margem, 11 locais mostraram taxas negativas, com destaque para os recuos mais acentuados assinalados por Espírito Santo (-5,4%), Bahia (-3,6%), Rio de Janeiro (-3,0%), Amazonas (-2,6%), região Nordeste (-2,4%) e Minas Gerais (-2,3%). Pará (2,4%) e Pernambuco (1,2%) registraram os principais avanços em novembro de 2015.
Na comparação com igual mês do ano anterior, a produção industrial caiu 12,4% em novembro de 2015, com resultados negativos em 13 dos 15 locais pesquisados. Os recuos mais intensos ocorreram em Amazonas (-19,9%), Espírito Santo (-19,8%) e Paraná (-16,7%), pressionados pela queda na fabricação de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (televisores, computadores, gravador ou reprodutor de sinais de áudio e vídeo – DVD, home theater e semelhantes, telefones celulares, receptor-decodificador de sinais de vídeo codificados, rádios e monitores de vídeo para computadores), de outros equipamentos de transporte (motocicletas e suas peças) e de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (óleo diesel, naftas para petroquímica, gasolina automotiva e óleos combustíveis), no primeiro; de indústrias extrativas (minérios de ferro pelotizados), no segundo; e de veículos automotores, reboques e carrocerias (caminhão-trator para reboques e semirreboques, automóveis e caminhões), de produtos alimentícios (açúcar cristal e VHP, tortas, bagaços, farelos e outros resíduos da extração do óleo de soja e carnes de bovinos frescas ou refrigeradas), de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (óleos combustíveis, álcool etílico e óleo diesel) e de máquinas e equipamentos (máquinas para colheita e tratores agrícolas), no último.
Bahia (-13,3%), São Paulo (-13,3%) e Rio Grande do Sul (-13,0%) também apontaram resultados negativos mais acentuados do que a média nacional (-12,4%), enquanto Minas Gerais (-12,0%), Ceará (-10,7%), Rio de Janeiro (-10,1%), Goiás (-9,4%), região Nordeste (-6,9%), Santa Catarina (-4,8%) e Pernambuco (-1,0%) completaram o conjunto de locais com taxas negativas nesse mês. Por outro lado, Mato Grosso (5,9%) e Pará (5,5%) assinalaram os avanços, impulsionados pelo comportamento positivo de produtos alimentícios (carnes de bovinos frescas ou refrigeradas e óleos de soja em bruto) e de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (álcool etílico), no primeiro local; e de indústrias extrativas (minérios de ferro em bruto), no segundo.
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