Com evolução da IoT, cálculo OEE traz mais eficiência operacional para a indústria
Especialista em tecnologia explica como o método desenvolvido no Japão que identifica gargalos produtivos pode tornar-se ainda mais eficiente através de dispositivos de coleta de dados no chão de fábrica. De acordo com a CNI, 69% das indústrias brasileiras já fazem uso de tecnologia digital
Embora amplamente difundido em todo o mundo, o método de cálculo OEE (Overall Equipment Effectiveness, ou Eficiência Global de Equipamentos) nem sempre faz parte da realidade da indústria. De acordo com a CNI, 69% dos negócios brasileiros deste setor já utilizam tecnologias digitais, mas, ainda assim, a produtividade é um desafio no país – que registrou queda por dois anos seguidos e só voltou a crescer 1,9% em 2023, sem recuperar os 12,5% de queda do período anterior.
Para o especialista em tecnologia, Lucas Pottmayer, CEO e fundador da Pottmayer, empresa especializada em projetos de TI para a indústria, o cálculo OEE tem grande impacto nas operações e pode ser impulsionado pela Internet das Coisas. “O OEE é obtido através do cálculo que verifica disponibilidade x performance x qualidade de produção de um equipamento. No entanto, obter estes dados ainda é algo muito difícil para muitos negócios, especialmente as PMEs. É aí que entra a IIoT, Internet Industrial das Coisas.”, explica.
A Internet Industrial das Coisas diz respeito ao uso de dispositivos que captam informações em maquinários e enviam dados relacionados à produção para o sistema de gestão da companhia. Com essas informações, as empresas podem estruturar históricos de produção, identificar gargalos e atuar proativamente para evitar paradas não programadas e implementar a melhoria contínua.
“Essa integração de informações é essencial para um cálculo OEE efetivo e para que a companhia possa tomar decisões que façam realmente a diferença nos negócios. Por isso, cada vez mais atuamos em projetos de tecnologia que integrem dispositivos e sistemas, para uma abordagem holística e que garanta a eficiência e competitividade necessárias”, diz o especialista.
Investimentos no rol da indústria podem impulsionar produtividade
De acordo com a CNI, 73% das indústrias têm planos de investimentos para 2024, sendo 42% dos recursos focados em aumento da capacidade produtiva. Mais do que maquinário, entender a fundo a capacidade já disponível no chão de fábrica é um passo imprescindível para isso.
“Quando a companhia implementa o cálculo OEE com base nas informações que a tecnologia de integração entre máquinas e sistemas proporciona, pode elevar consideravelmente seus níveis produtivos. Por isso considero que, na hora de escolher novas soluções, é preciso priorizar máquinas que estejam alinhadas com a transformação digital e proporcionem essa coleta de dados. A Internet Industrial das Coisas é um caminho sem volta e essencial para impulsionar os negócios”, finaliza o CEO da Pottmayer.
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