TV 3.0 promete revolucionar o uso da televisão pelos brasileiros
Em sua terceira fase, projeto do Ministério das Comunicações com apoio da RNP prevê alta integração com a internet
Imagine uma TV tão inteligente quanto um computador de última geração, com recursos de acessibilidade e funcionalidades integradas à internet, com direito a comando de voz, gestos e olhar. Essa é a promessa da TV 3.0, projeto do Ministério das Comunicações (MCom) com execução do Fórum do Sistema Brasileiro de TV Digital (SBTVD) e apoio da RNP (Rede Nacional de Ensino e Pesquisa) que já está em fase de testes.
A TV das Coisas, como tem sido chamada em referência à integração de dispositivos com a internet, promete quatro vezes mais resolução com imagens em Ultra HD e alta conectividade para que possa ser integrada a diferentes dispositivos inteligentes, como óculos de realidade virtual, sensores de odor, ar condicionado, luzes inteligentes, entre outros.
“Estamos diante de uma das mais esperadas revoluções do setor, que chega a ser mais significativa do que a que vivemos na transição do analógico para o digital. É o futuro da TV no Brasil. Na prática, é a integração definitiva entre a televisão aberta e gratuita com a internet. Todas as evoluções de imagem e som vão estar disponíveis na TV aberta para a população”, afirmou o ministro das Comunicações, Juscelino Filho, durante seminário promovido pelo MCom em abril deste ano.
“Em 2008, a RNP montou as redes de colaboração em pesquisa de TV Digital que vêm atuando desde 2019 na definição da TV 3.0. Nesta fase, aplicamos técnicas de facilitação para integrar as diversas equipes no apoio aos grupos de pesquisa, fazendo a gestão das bolsas de pesquisa, aquisição de equipamentos e viabilização da participação em eventos de divulgação”, explica Adriano Adoryan, gerente de soluções da RNP.
Atualização da TV aberta
Por trás da iniciativa está a busca pela manutenção da relevância da TV brasileira, que durante mais de sete décadas tem feito parte da cultura nacional e está presente em 94,4% dos lares do país. Um exemplo disso é que em vez de canais, a TV 3.0 contará com aplicativos das emissoras, o que permitirá acesso a conteúdo ao vivo ou sob demanda. Outra possibilidade é a segmentação da publicidade, como já ocorre na internet.
As possibilidades de interação são outra grande novidade trazida pela nova geração televisiva. Poder votar em uma enquete durante um programa, participar de um chat com outros espectadores, comprar itens apresentados em uma novela ou escolher a câmera durante uma partida de futebol são alguns exemplos de como essa interação pode se dar na prática.
E para tudo isso ser possível, a TV 3.0 está propondo uma nova experiência de utilização da TV, integrando a experiência da TV aberta à dos demais aplicativos atuais de TV conectada. A nova TV aberta será apresentada como uma Central de Aplicativos, mas uma vez escolhido um canal, será preservado o zapping, além de trazer a integração com conteúdos sob demanda, tudo na mesma interface de navegação. Uma aposta é que as emissoras possam recuperar parte de suas receitas, que caíram com a propagação em massa dos streamings e das redes sociais.
A conexão à internet não será requisito obrigatório para acesso à TV 3.0, mas sim aos recursos de interatividade.
Transição
A migração para a TV 3.0 deverá ser similar à da TV analógica para a digital: primeiro por meio de conversores e, posteriormente, com a produção de aparelhos adaptados à nova tecnologia.
O SBTVD está na fase final de testes das tecnologias de transmissão do padrão proposto à TV 3.0, com conclusão prevista para dezembro deste ano, quando os resultados serão avaliados e encaminhados pelo GT TV 3.0 junto à recomendação para adoção do padrão tecnológico. A expectativa é que a nova tecnologia comece a ser implementada no ano que vem.
Assessoria de Imprensa – RNP
Corcovado Comunicação Estratégica
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