Um levantamento realizado pela KPMG aponta que o percentual de empresas que passaram a utilizar a coleta e análise de dados como ferramenta fundamental para administrar os negócios triplicou, passando de 19%, na primeira edição da pesquisa realizada em 2021, para 69% no levantamento atual. O estudo mostrou ainda que a tomada de decisões com base nas informações sobre clientes, concorrentes e sobre a própria indústria também disparou de 17% para 63%. A pesquisa “Nos trilhos da jornada digital” ouviu 50 executivos brasileiros dos setores elétrico, óleo e gás e mineração.
Além disso, para 72% dos entrevistados da edição atual, os dados são capturados, integrados e armazenados para obter uma visão ampla de clientes, concorrentes, do próprio setor e de outras indústrias em comparação contra 23% da versão anterior.
“Em relação à edição anterior realizada quando a pandemia da covid-19 estava começando a arrefecer, a principal diferença está na forma como as empresas coletam e usam informações em tempo real para criar táticas. As empresas vivenciaram um salto na percepção do uso de novas tecnologias e de análise de dados. Os executivos consideram que o uso dessas ferramentas é fundamental para administrar os negócios e a estratégia é o caminho para obter maior eficiência e mitigar riscos em um setor altamente regulado e fiscalizado”, analisa o sócio líder de energia e recursos naturais da KPMG, Anderson Dutra.
Cliente como foco:
Comparando os dados apurados na primeira versão da pesquisa, a atual mostrou que houve uma avanço significativo na centralização das necessidades e desejos dos clientes por parte das empresas do setor nos seguintes aspectos: o percentual de organizações que incorporam inovação ao planejamento estratégico para equilibrar o valor gerado para os clientes e para a organização passou de 15% para 71% em um ano; e a preocupação em integrar colaboradores de todas as áreas em torno da satisfação do cliente cresceu de 6% para 66% no atual levantamento.
Risco cibernético e sustentabilidade são desafios:
Mais de 32% dos entrevistados atuais discordaram que as metas são definidas e medidas em relação aos objetivos estratégicos de negócios e de sustentabilidade contra 63,5% de 2021. O mesmo percentual (32,5%) afirmou que ainda não tem estabelecidas e não são operadas políticas, estruturas, métodos e ferramentas de gerenciamento de tecnologia e risco cibernético para atingir níveis de risco aceitáveis em todo o ambiente tecnológico (46,16%, respectivamente).
“Nas empresas, os indicadores mostram que existe uma maior consciência sobre a necessidade de considerar o uso de tecnologias que ajudem a proporcionar boas práticas de sustentabilidade e de mitigação de riscos cibernéticos. Os entrevistados demonstraram saber que, para atingir os resultados esperados, essa preocupação precisa ser descentralizada entre os colaboradores. Mais ainda, é preciso buscar a capacitação de todos os envolvidos nas organizações”, finaliza.
Fonte: Rachel Mattos
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