Especialistas do hub inovação das principais empresas de energia do Brasil discutem sobre o que podemos esperar do cenário energético no país
A recente participação na Conferência Alemã-Brasileira sobre “Energia Eólica e Hidrogênio Verde” revelou importantes tendências para o mercado de energia em 2024. O evento, coordenado pela Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha do Rio de Janeiro, reuniu especialistas renomados que apontaram a LATAM como o novo centro para o rearranjo da cadeia de valor global no setor energético.
De acordo com Juliano Gonçalves, engenheiro eletricista e Head da Divisão de Cabos Megger Brazil, o Brasil tem naturalmente uma posição de liderança nessa nova era de industrialização com enfoque em energia limpa. Durante o evento, Gonçalves ressaltou a importância de capturar a visão do cenário mundial atual, destacando a Alemanha como um dos pilares deste mercado.
Principais pilares de mudança: Mudanças de rede de energia, rentabilidade e confiabilidade
Especialistas apresentaram a Alemanha como um protagonista nesse setor, cujos principais pilares são “renovável, de baixo custo e confiável”. O ponto-chave da discussão, foi o potencial do Brasil em exportar hidrogênio produzido a partir do excedente de energia renovável em sua matriz energética. A Eletrobras, a maior empresa da América Latina, também está direcionando seu portfólio inteiramente para energias renováveis, conforme apontado por Ricardo Martins, representante da empresa.
No que diz respeito à confiabilidade das redes de energia, a participação da Megger Cabos – Brasil concentrou-se na apresentação de soluções para mitigar paradas não programadas e localizar falhas quando ocorrem. Essa questão se torna cada vez mais relevante à medida que a demanda global por energia aumenta.
“A Alemanha planeja importar 80 TWh de sua demanda de 110 TWh até 2030, foi o que Werner Diwald, da DWV-H2”, observou Juliano. Esse movimento do setor, indica que todos os países com excedente de energia devem investir nesse mercado, que está estimado em movimentar 2,3 trilhões de euros até 2050 e possui um potencial para gerar mais de 30 milhões de empregos.
A ABEEÓLICA, uma das principais empresas do setor de energias renováveis, destacou que a associação está totalmente imersa na discussão da legislação, dando foco não apenas à tendência de transição energética em 2024, mas também à toda trajetória desta mudança.
Abordagens como essa se alinham com os avanços do Brasil, com o crescimento do biometano e das redes inteligentes de energia elétrica. Parte da crescente visibilidade da transição energética, pode ser vista no aumento exponencial da demanda por carros, ônibus e caminhões elétricos no país. O índice de procura por mobilidade elétrica cresceu 145% em 2023 em relação ao ano anterior, segundo pesquisa da WebMotors.
Cenário geral: O que podemos esperar?
Segundo dados divulgados pelo Centro Internacional de Energias Renováveis e Biogás (CIBiogás), o número de plantas de biometano no país registrou um crescimento de 82% no último ano, totalizando 20 plantas em operação. Essas plantas foram responsáveis por converter 22% do biogás produzido no Brasil, evidenciando os avanços na transição energética e na busca por fontes renováveis de energia.
Recentemente, na COP 28, em Dubai, o Brasil, junto a outros 117 países, comprometeu-se em triplicar a capacidade de geração global de energias renováveis (energia eólica, solar, hidroelétrica, entre outras) até 2030. Na prática, isso significa um subsídio futuro do Governo Federal para iniciativas que podem contribuir para a estimativa.
Em suma, as tendências para 2024 no mercado de energia apontam para a LATAM como um centro de transformação e desenvolvimento, e o Brasil, com sua posição de liderança, pode atrair industrialização de empresas que desejam oferecer produtos produzidos com energia limpa. “A transição energética avança no país, ainda que a passos tímidos, com o crescimento do biometano, das redes inteligentes de energia e com a preocupação com a gravidade com que as crises climáticas estão performando, enfatiza ainda mais a busca por soluções sustentáveis e a torna ainda mais fortalecida”, finaliza o engenheiro.
Conheça Juliano Gonçalves: Engenheiro eletricista e Head da Divisão de Cabos Megger Brazil possui 25 anos de experiência no mercado de energia com foco em confiabilidade de redes, melhoria de desempenho e redução de custos; gerenciamento de subestações e linhas de transmissão, manutenção e expansão de redes de distribuição subterrâneas e aéreas, prevenção de perdas de energia. Sólida experiência em projetos internacionais de redesenho de processos multi-sites, com foco em otimização, automação, padronização e ganho de eficiência. Nos últimos 15 anos está focado em obter resultados expressivos por meio de manutenção preventiva, inovação, digitalização, automação, melhoria de processos e desenvolvimento de pessoas conduzindo projetos ao redor do mundo.
Assessoria de Imprensa | Publika aí Comunicação
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