Desde o advento da terceira Revolução Industrial, na década de 40, a inovação passou a figurar cada vez mais nas discussões empresariais, a fim de atingir altos níveis de produtividade, eliminando gargalos e identificando oportunidades. Hoje, em um momento considerado por muitos como a quarta Revolução Industrial, tal debate está intensificado, principalmente com a necessidade de conectividade entre máquinas e pessoas, o que chamamos de internet industrial. Para entender as tendências, os desafios e as oportunidades desse novo ciclo de mudanças, a GE acaba de lançar a quinta edição do Barômetro Global da Inovação.
Ao ouvir mais de 2.700 executivos em 23 países e aproximadamente 1.340 pessoas interessadas no tema em 13 países, incluindo entrevistados no Brasil, a companhia identificou um cenário de otimismo. A confiança gerada pela chegada de novas tecnologias cresce a cada dia, mas os desafios ainda são grandes. Sessenta e oito por cento dos executivos e 64% dos cidadãos citam como positiva a antecipação da quarta revolução industrial e que já estamos enfrentando uma mudança radical no setor industrial por processos avançados de produção. Além disso, o Big Data já é utilizado por 61% dos executivos para tomada de decisões, sendo que, em 2014, esse número era de 53%.
“Na GE, acreditamos que inovar não é uma opção; é uma necessidade constante. O desafio hoje é criar mecanismos para se inovar mais e melhor. Nesse contexto, o Barômetro da Inovação se consolida como uma potente ferramenta que aponta direções que podem contribuir para o avanço da inovação no mundo e também no Brasil. Os dados da pesquisa permitem ainda observar que, mesmo em momentos de dificuldade, nunca se deve deixar de inovar. Isso corrobora nossa crença que a inovação permanente é a chave do sucesso”, destaca Sérgio Giacomo, diretor de Assuntos Institucionais da GE para a América Latina.
Mesmo a inovação sendo um processo de longo prazo, resultados concretos já estão sendo percebidos pelos entrevistados. Uma média de 77% já verificou retornos financeiros advindos de processos colaborativos. Dentre os brasileiros, esse número sobe para 80%. Mais da metade dos executivos (68%) declararam que suas empresas estão abertas a dividir riscos associados com a inovação. Ainda assim, mais da metade dos entrevistados (57%) são favoráveis a enquadrar a inovação como um incremento dos seus negócios, a fim de proteger seu core business.
Sobre os desafios internos das empresas nesse processo, a cultura organizacional é apontada pelos entrevistados como algo que necessita de mudanças. Isso porque, para inovar, é necessário um ambiente em que a criatividade seja valorizada, com processos mais simples e funcionários motivados. A cultura das startups é mencionada por 81% dos executivos como um exemplo para a criação de uma cultura de inovação dentro das empresas de todos os tamanhos.
Neste ciclo de mudanças, o futuro do trabalhador também sofrerá transformações. Os executivos estão buscando profissionais com capacidade de solucionar problemas (56%) e criativos (54%), além de haver uma grande demanda por trabalhadores com alta qualificação. Já o público geral busca empresas com culturas similares às de startups e com valores flexíveis (89%), bem como a possiblidade de trabalhar remotamente (79%). Apenas alguns países acreditam ter um sistema de ensino pronto para enfrentar as futuras competências. Enquanto os cidadãos de Índia (81%), China (78%) e Indonésia (76%) consideram que seus países estão preparados, no Brasil apenas 17% tem a mesma percepção.
Os executivos esperam que a revolução digital promova um ambiente de trabalho mais seguro (43%). Apenas 17% dos executivos e 15% do público em geral veem um impacto negativo dessa revolução. Estados Unidos, Índia, China e Alemanha são os países que mais acreditam em um resultado positivo, enquanto Japão, França e Suíça são mais céticos.
Tanto executivos quanto o público em geral acreditam que as autoridades públicas devem oferecer mais suporte à inovação. Cinquenta e sete por cento dos cidadãos disseram que as regulamentações de seus países não oferecem medidas de suporte a companhias inovadoras. Já 64% do público está disposto a oferecer acesso a seus dados se isso lhes proporcionar melhores serviços. No Brasil essa taxa é muito similar (65%).
O setor de energia foi apontado pelo público em geral como o que mais se beneficiará com a inovação (61%). No entanto, as empresas do setor energético são menos confiantes a respeito dessa quarta revolução industrial do que outras companhias (50% confiantes vs. 60%).
Sobre o Barômetro Global da Inovação
A pesquisa encomendada pela GE e conduzida pela Edelman Berland foi realizada de 13 de outubro a 7 de dezembro de 2015. Foram feitas 2,7 mil entrevistas com executivos sêniores de 23 país, sendo todos altamente engajados na gestão das estratégias de inovação das empresas em que atuam. Pela primeira vez, a pesquisa recolheu também dados de mais de 1,3 mil pessoas interessadas no tema, com 13 diferentes nacionalidades, a fim de ampliar e estimular o debate sobre o assunto.
Os países envolvidos na pesquisa são: África do Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Argélia, Austrália, Brasil, Canadá, China, Coreia do Sul, Emirados Árabes, EUA, França, Índia, Indonésia, Israel, Japão, Malásia, México, Nigéria, Polônia, Rússia, Suécia e Turquia.
O Barômetro explora as mudanças de percepção sobre a inovação, considerando um mundo tão globalizado e complexo. Além disso, são pesquisados pontos de vista sobre as oportunidades criadas por cada país para o desenvolvimento da inovação, bem como o impacto e o valor atribuídos ao tema, as responsabilidades relacionadas à condução e ao apoio de iniciativas e o futuro do mercado de trabalho.
Inovação em serviços de manutenção mecânica industrial
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