Apesar de ainda não confirmada a hipótese de incidente cibernético como causa do apagão que afeta a Europa hoje, o risco de ataques a infraestruturas críticas é uma preocupação crescente, como apontam tendências recentes da inteligência cibernética.
Grupos, muitas vezes patrocinados por Estados hostis, veem infraestruturas críticas — como o setor de energia — como verdadeiras “joias da coroa” e alvos estratégicos. Em muitos casos, buscam manter acessos persistentes de forma sigilosa, visando explorar essas brechas em momentos de crise ou conflito.
Ainda que a infraestrutura de Tecnologia Operacional (OT) nem sempre seja o alvo direto, o caso da Colonial Pipeline, nos Estados Unidos, em 2021, demonstrou como ataques tradicionais em ambientes de TI — como o comprometimento de uma VPN — podem ter efeitos concretos sobre a operação física, resultando em crises de abastecimento.
É fundamental que governos e operadores de infraestrutura crítica mantenham planos de resposta a desastres adaptados a cenários de incidentes cibernéticos, garantindo a continuidade operacional. O mesmo vale para empresas privadas, que precisam amadurecer seus programas de resposta a incidentes de forma integrada e consistente.
Sobre Rodrigo Gava: Rodrigo Gava é CTO e membro do conselho da Vultus Cybersecurity Ecosystem. Formado em Sistemas de Informação e Planejamento Estratégico pela Universidade Mackenzie, com especialização em proteção e privacidade de dados pelo INSPER, possui mais de 20 anos de experiência no desenvolvimento de sistemas seguros e na definição de estratégias de segurança para grandes instituições financeiras, indústrias, empresas de varejo e outros setores. Também é professor convidado de Cybersecurity na Inteli. Tem profundo conhecimento técnico em novas tecnologias, com atuação e interesse que vão de inteligência artificial (incluindo GenAI e AGI) a robótica, IoT e outras inovações emergentes.
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