Entre os segmentos industrial, de geração elétrica e para o gás natural veicular – GNV -, a Firjan SENAI constatou a existência de uma demanda equivalente a mais de 97 milhões de m³/dia do energético no estado do Rio de Janeiro.
O dado faz parte do “Mapeamento da Demanda de Gás Natural no Rio”, levantamento promovido pela instituição junto às empresas fluminenses. O estudo completo foi apresentado (30/11) em evento presencial na Sede da Firjan – Federação das Indústrias do Rio de Janeiro.
Além dos representantes da federação: Luiz Césio Caetano, presidente em exercício; Karine Fragoso, gerente de Petróleo, Gás e Naval e diretora geral da ONIP; e Fernando Luiz Ruschel Montera, coordenador de Conteúdo Petróleo, Gás e Naval; participam do evento Heloisa Borges, diretora de Estudos do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis da EPE; Maurício Lopes, gerente Comercial e de Novos Negócios da NTS; e Vinicius Farah, secretário de Desenvolvimento Econômico, Energia e Relações Internacionais do governo do estado do Rio de Janeiro.
“A indústria tem total interesse em usar o gás natural como insumo, matéria-prima ou fonte de geração de energia, desde que se viabilize um preço competitivo”, analisou Luiz Césio Caetano, presidente em exercício da Firjan, na abertura do evento
Com a indústria, o mapeamento reuniu empresas que equivalem a mais de 80% do consumo atual de gás nesse segmento do estado, que atualmente se encontra na ordem de 2,8 milhões de m³/dia. Mais de 12 milhões de m³/dia de potencial de consumo no horizonte de 10 anos foram indicados pelas empresas.
Esse potencial, entretanto, apontado pelas indústrias participantes, está atrelado a um preço de gás favorável para implementação. Se concretizados, podem gerar investimentos das próprias empresas consumidoras na ordem de R$ 15 bilhões, com R$ 4 milhões de efeito renda e produzir 194 mil postos de trabalho diretos e 13 mil indiretos.
Nesse momento, não foi analisada a avalição econômica dos projetos ou substituição de energéticos. O grande direcionador da viabilização destes é a competitividade do preço do gás natural que, em muito, depende de um ambiente regulatório favorável.“Esse projeto tem como objetivo, mapear continuamente o potencial existente para consumo do energético em todo o território fluminense. O mapeamento olhou a fundo a visão das indústrias com um prazo de futuro próximo de 5 e 10 anos do ponto de vista do potencial de consumo”, destaca o presidente em exercício da Firjan, Luiz Césio Caetano.
Karine Fragoso, gerente de Petróleo, Gás e Naval da federação e diretora-geral da ONIP (Organização Nacional da Indústria do Petróleo), destacou a parceria com a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) e a Nova Transportadora do Sudeste (NTS) para a elaboração do documento no estado do Rio. “Graças a esse levantamento feito em todas as regionais da federação e em parceria com nossas unidades da Firjan SENAI, foi possível mostrar o potencial do mercado de gás natural fluminense e as perspectivas para os próximos anos”, destacou.
Também foram contemplados os grandes projetos de geração de energia elétrica, em construção ou potenciais. O estudo identificou os principais clusters de demanda por região. Os municípios demandantes se encontram em boa parte das regiões: Norte, Sul, Leste, e Centro fluminense e Região Metropolitana.
Entre os segmentos industriais com potencial de consumo de gás, destacam-se o siderúrgico e metalmecânico, seguido das indústrias química, fabricação de vidro e de cerâmica. O levantamento destaca ainda o potencial do projeto do polo GasLub, com o interesse de empresas se instalarem no local, incluindo, por exemplo, uma de fertilizantes.
Heloisa Borges, diretora de Estudos do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis da EPE, comentou que a cadeia do gás natural é hoje muito maior e complexa, e que sua utilização crescente pela indústria faz parte da estratégia de conversão energética, na busca por modelos que reduzam a emissão de gases do efeito estufa.
O mapeamento ressalta também o potencial do GNV no Rio de Janeiro. A substituição total de todo o consumo de combustíveis automotores no estado é equivalente a mais de 13 milhões de m³/dia de GNV. Nesse momento, não foi analisada a avalição econômica dos projetos ou substituição de energéticos. O grande direcionador da viabilização destes é a competitividade do preço do gás natural, que em muito depende de um ambiente regulatório favorável.
A primeira edição do “Mapeamento da Demanda de Gás Natural no Rio” tem o patrocínio da NTS e os resultados serão avaliados em conjunto com a Empresa de Pesquisa Energética – EPE, a partir de um Acordo Técnico de Cooperação. Os dados são publicados em uma visão municipal, observando horizontes de tempo e preço de viabilização.
https://www.firjan.com.br/…/comp…/petroleoegas/dados-gas.htm
Fonte: NewsLetter Preto & Química / Petróleo e Cia
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