A aquisição dos créditos foi feita “ao vivo” durante
a abertura das atividades na Arena ESG
Rio Oil & Gas 2022 recebe certificado de neutralização
para as emissões de carbono geradas no evento
A aquisição dos créditos foi feita “ao vivo” durante
a abertura das atividades na Arena ESG
A Rio Oil & Gas recebeu nesta segunda-feira (26/9) o certificado de neutralização
para as emissões de carbono geradas no evento. Esta é a primeira vez que a feira é
carbono zero. A diretora-executiva corporativa do Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás
(IBP), Fernanda Delgado, recebeu o certificado de neutralização do diretor-executivo da
plataforma BlockC, Carlos Mathias Martins, responsável por intermediar a aquisição dos
créditos equivalentes a 170 toneladas da CO2, na abertura da Arena ESG. Esta é a
quantidade estimada de emissões, provenientes sobretudo dos geradores de eletricidade
do evento.
“Isto mostra o comprometimento da indústria de óleo e gás. Mostra que a gente
realmente abraça a transição energética, a descarbonização, que a indústria tem esse
compromisso e que a gente vai cumprir”, disse Fernanda.
Os créditos adquiridos foram gerados pelo projeto Envira Amazônia, uma área
florestal de mais de 39 mil hectares no Acre que desenvolve atividades agroflorestais em
parceria com comunidades locais. A operação de aquisição foi realizada na bolsa global
de créditos de carbono ACX (Aircabon Exchange).
“Eu acredito que o setor de óleo e gás tem um papel fundamental para a redução das
emissões de gases do efeito estufa. Uma parte das soluções está aqui. Nada será feito
sem passar pelo setor”, afirmou Carlos Mathias.
RENOVABIO
Apenas 13% das emissões do país tem como origem os combustíveis líquidos. Apesar da
baixa participação geral na geração de CO2, o setor de combustíveis sabe que pode
contribuir mais no processo de descarbonização da matriz, ressaltou Valeria Lima,
diretora executiva de downstream do IBP, durante painel “Renovabio – as lições
aprendidas do primeiro mercado de carbono do Brasil”, que discutiu o programa, na
Arena ESG.
Lorena Mendes, coordenadora do Renovabio, programa do Ministério de Minas e
Energia para ampliar a oferta de biocombustíveis, destacou que “descarbonizar é uma
questão de sobrevivência, competitividade e também de oportunidades para o Brasil no
cenário global”. Entre as ações está a construção de um mercado de carbono, com a
comercialização dos CBIOs, créditos de descarbonização que neste ano já movimentou
R$ 3 bilhões em negociações na B3.
BAIXO CARBONO NO LONGO PRAZO
Outro tema discutido na Arena ESG foi o que precisa ser feito para o setor de óleo e
gás atingir a neutralidade de carbono até 2050. Os projetos do setor colocaram em
evidência o desmatamento como uma das maiores ameaças para a transição para
economia de baixo carbono no Brasil. Agnes da Costa, chefe da Assessoria Especial em
Assuntos Regulatórios do Ministério de Minas e Energia, reforçou o papel de estudos
guiarem os projetos desta temática. “Os estudos mostram que, se não controlarmos o
desmatamento, vamos ter muita dificuldade de cumprir as metas de neutralidade de
carbono até 2050”, afirmou Agnes, durante o painel “Os projetos do setor de óleo e gás
para trajetória brasileira de neutralidade climática em 2050”.
Um levantamento do Programa de Planejamento Energético, da Coppe/UFRJ,
apresentado pelo professor adjunto Pedro Rochedo, baseado em ferramentas
matemáticas de modelagem, concluiu que o controle do desmatamento é uma medida
essencial para o Brasil, se quiser manter seu papel de relevância em uma economia de
baixo carbono no futuro.
“É fundamental termos uma estratégia de desenvolvimento de baixo carbono de longo
prazo, pois o desafio para a neutralidade até 2050 é enorme. Um dos melhores cenários
do nosso estudo aponta que com leilões das permissões de emissões, devolvendo para a
economia e mantendo a carga tributária neutra, os setores que receberão mais
benefícios serão os que geram mais empregos. Vamos usar receitas de carbono
favorecendo a transição econômica rumo a uma transição de baixo carbono”, afirmou
William Wills, CEO da EOS Estratégia e Sustentabilidade.
Outro passo importante é definir qual o tamanho das emissões de cada segmento do
setor, iniciativa que já começou a ser feita por meio de uma parceria entre o IBP e a
consultoria WayCarbon. “Em nosso primeiro escopo, feito com 40 associadas do IBP,
identificamos os quatro segmentos que mais emitem dentro do setor de O&G:
downstream, com 44%; upstream, com 35%; térmicas, com 16%; e midstream, com 5%.
Esse mapeamento vai servir para a avaliação das medidas custo-efetivas para a
descarbonização”, finalizou Julia Rymer, gerente de Mitigação da WayCarbon e uma das
palestrantes.
A Rio Oil & Gas é patrocinada por Petrobras, Ambipar Response, Equinor, Shell,
TotalEnergies, Vibra, Ipiranga, Raízen, BP, Bunker One, Chevron, ExxonMobil,
Karoon Energy, Modec, Galp, PETRONAS, Repsol Sinopec, 3R Petroleum, Acelen,
Siemens Energy, Trident Energy, Braskem, Enauta, Halliburton, McDermott, NTS,
PECOM, PRIO, Salesforce, Saipem, Subsea 7, AET, Baker Hughes, DOW, Fluxys,
Oracle, Perbras, Solvay, TAG, TBG, Techint, Vallourec, Wintershall Dea, HorizonPartners, Ultracargo, Weatherford e WTW.
Serviço:
Rio Oil & Gas 2022
Data: de 26 a 29 de setembro
Horários: das 8h às 18h (Congresso) e das 12h às 20h (Exposição e Eventos Paralelos)
Local: Boulevard Olímpico (Armazéns 1, 3, 4, 5, Utopia, Armazém IBP (Mural “Etnias”) e
Espaço Kreimer)
Site: https://www.riooilgas.com.br/
Para dúvidas ou mais informações:
PH de Noronha
paulo.noronha@fsb.com.br
Bruno Postiga
bruno.postiga@fsb.com.br
Fernanda Nunes
fernanda.nunes@fsb.com.br
Pedro Soares
pedro.soares@fsb.com.br
Fonte: Paulo Henrique de Noronha (PH)
Rio Oil & Gas
Assessoria de Imprensa / Public Relations .
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