Fonte: PROCEL Info
É cada vez mais evidente a importância de se levar uma vida mais sustentável, em todos os seus aspectos. E por que não incorporar isso aos prédios? Dicas sustentáveis são sempre bem-vindas e, por isso, a INK, incorporadora que atua no mercado imobiliário desde 2012, e a Sustentech, empresa parceira da INK em alguns de seus projetos, falam sobre técnicas aplicadas nos empreendimentos que desenvolvem na cidade de São Paulo.
– Desconstrução e não demolição
Descontruir, explica Gabriela Coelho, da INK, é um processo que se caracteriza pelo desmantelamento cuidadoso de um edifício, de modo a possibilitar a recuperação de materiais e componentes da construção, promovendo a sua reutilização e reciclagem. “É isso que fazemos, por exemplo, em eventuais construções existentes nos terrenos que compramos para construir e entre o estande e o início da obra. Assim, também diminuímos uma etapa de geração de resíduos”, explica Gabriela.
– Escolha de materiais
Os materiais utilizados na construção dos prédios da INK são, em sua maioria, recicláveis, menos poluentes (como alguns tipos de colas e tintas), e também os chamados “materiais regionais”, ou seja, produzidos em um raio máximo de 800 km da obra. “Além disso, no Tetrys também só foram utilizados materiais rapidamente renováveis e madeira certificada e nunca proveniente de extração ilegal”, conta André Xavier, da Sustentech.
– Gerenciamento da Qualidade do Ar Interno
Ainda durante a construção, é importante preocupar-se com a baixa emissão de composto orgânico volátil, os VOC’s. Para isso, é preciso pensar na utilização de materiais que produzam menos poeira e, dessa forma, menos acúmulo dela. “A escolha de adesivos e selantes, assim como tintas e vernizes é bastante cuidadosa nesse sentido e sempre à base de água. Os VOC’s, especialmente em ambientes fechados, são prejudiciais à saúde e podem causar irritação em olhos e gargantas, náuseas e vertigens”, comenta André Xavier.
– Redução de ilhas de calor
Em áreas descobertas, a determinação do sistema de certificação LEED, que é a principal plataforma para implantação de edifícios verdes, é que o prédio deve localizar 50% das vagas para estacionamento no subsolo ou, se em área aberta, que seja sombreada ou apresente grelhas permeáveis. Para áreas cobertas, o projeto deve aplicar na cobertura tinta fria em 75% da área de cobertura livre ou vegetação em 50% dela. Pode, ainda, ser uma combinação das duas anteriores.
– Redução do consumo de água
Há algumas alternativas para redução do consumo de água potável em até 20% em relação ao consumo padrão. Algumas delas são: escolha de equipamentos sanitários eficientes e de baixo consumo, recolha de águas pluviais, reciclagem de águas cinzas (geradas a partir de processos domésticos como lavar louça, roupa e tomar banho), limitar as vazões de utilização, instalação de redutores de pressão na rede, instalação de restritores de pressão ou reguladores de vazão diretamente nos pontos de consumo.
– Redução do consumo de energia
“Uma boa solução para economia de energia que implantamos no Tetrys é para aquecimento da água, que será a partir de isolamento da tubulação”, conta Gabriela Coelho, da INK. Esse isolamento é feito a partir de uma proteção térmica que encapa a tubulação por onde passa a água quente, assim perde-se menos calor no caminho entre os reservatórios e o destino final. “Além disso, o sistema de aquecimento será central, mas cada unidade terá trocador de calor, onde a água fria do reservatório é realmente aquecida, localizado embaixo da pia da cozinha”, completa.
– Recolha e armazenamento de recicláveis
O edifício deve conter um compartimento dedicado à coleta de resíduos que proporcione a correta triagem e destinação dos recicláveis. Orienta-se que ele fique no subsolo ou no pavimento térreo. Além disso, a orientação é que seja feita parceria com cooperativa de resíduos recicláveis para o recolhimento deste material. As áreas para esta central de resíduos deverão possuir revestimentos de fácil limpeza, pontos de luz, água e esgoto dotado de ralo sifonado e ventilação adequada (exaustão, quando necessário).
– Acesso à luz do dia
As janelas do edifício Tetrys, que fica na Pompeia, são um bom exemplo. “As aberturas bem maiores do que as tradicionais privilegiam iluminação e ventilação naturais”, conta Gabriela Coelho. Isso causa redução do consumo de energia (evita o uso do ar condicionado, por exemplo) e aumenta a qualidade de vida.
– Transporte Alternativo e veículos de baixa emissão
A preocupação com acesso a transporte público é um item muito importante. O Tetrys, por exemplo, que fica na Rua Dr. Augusto de Miranda, na Pompeia, fica próximo à estação de trem Água Branca e não muito distante da estação Vila Madalena da Linha Verde do Metrô. Próximo ao prédio também passará a estação Pompeia, da futura Linha Laranja do Metrô. Há paradas de ônibus a poucos metros com acesso a mais de duas linhas. “Mas não é apenas essa a preocupação. O prédio oferece bicicletário e vagas exclusivas para veículos de baixa emissão. Para carros elétricos, por exemplo, a garagem do empreendimento terá pontos de recarga”, acrescenta Gabriela.
– Energias renováveis
Esse item trata de aplicar sistemas de produção de energia renovável “on-site” (painéis PV, turbinas eólicas, etc.) que assegurem uma produção de energia equivalente a 1% do custo anual de energia do edifício até 13%. “Isso não é prática comum porque representa um custo relevante para o projeto, mas os resultados valem a pena. Na obra de arquitetura do Tetrys há painéis de aquecimento solar na cobertura”, afirma André Xavier, da Sustentech.
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