Executivo brasileiro fala sobre o tema na Semana do Clima de Nova York
Além de ações para a conscietização ambiental e projetos para a neutralização de carbono, há uma grande aliada no combate às mudanças climáticas: a logística reversa. Uma iniciativa que reduz a quantidade de resíduos sólidos e/ou necessidade de produzir novos materiais e que, consequentemente, diminui a quantidade de gases de efeito estufa liberados durante a produção e a disposição final de resíduos.
É com este tema que o Brasil será representado na Semana do Clima de Nova York, que acontece até 24 de setembro, com participação do executivo Rodrigo Oliveira, CEO da startup Green Mining e presidente da Abelore – Associação Brasileira de Logística Reversa. Pioneira em logística reversa inteligente, desde 2018, a Green Mining já coletou e encaminhou para reciclagem mais de 6,7 milhões de quilos de embalagens pós-consumo e evitou a emissão de 1,1 milhão de quilos de CO₂.
“A grande contribuição da logística reversa para o combate às mudanças climáticas é a substituição das matérias primas de origem natural. Cada quilo que a gente recicla é um quilo a menos que a gente precisa tirar da natureza para fazer um produto ou embalagem de uso único. Isso quer dizer que, como mais de 50% das emissões de carbono acontecem no processo de extração de recursos naturais, estamos contribuindo para reduzir essas emissões”, afirma Rodrigo Oliveira.
O executivo refere-se aos dados do World Resources Institute (WRI), que apontam que 90% da perda de biodiversidade se deve à “exploração de recursos e sua conversão em produtos”, atividades que também respondem por 50% das emissões globais de gases do efeito estufa, danosos ao clima.
“Toda vez que a gente substitui uma matéria prima de origem natural, estamos reduzindo a extração desses materiais e, consequentemente, seu grande impacto na emissão de carbono. Ao desviar materiais dos aterros, reduzimos também a geração de gás metano, que é bem pior que o CO2. Por isso precisamos falar e fazer muita logística reversa. Não se trata somente da substituição de matéria prima, mas também da redução de emissões que acontecem em aterros sanitários”, finaliza o CEO da Green Mining.
Na última semana, Rodrigo Oliveira participou de uma roda de conversa de CEOs de startups em ESG na Nasdaq, em especial de um jantar, promovido pela UpLink (plataforma de inovação aberta do Fórum Econômico Mundial). Já em 19 de setembro, o executivo brasileiro falará no painel “Como a tecnologia está fechando a lacuna dos ODS”, como parte das Reuniões de Impacto no Desenvolvimento Sustentável do Fórum Econômico Mundial. O evento será realizado na Assembleia Geral das Nações Unidas e transmitido ao vivo pela internet, das 18h15 às 19h (horário de Brasília).
Com sólida experiência no desenvolvimento de soluções para gestão de resíduos sólidos, Rodrigo Oliveira possui mestrado em Ciências e Sustentabilidade, é CEO fundador da startup Green Mining, presidente da Abelore – Associação Brasileira de Logística Reversa e presidente da FRAL Consultoria, empresa especializada em planos e projetos de engenharia civil e meio ambiente.
Fonte:
ML&A Comunicações
Fernanda Beatriz / Fernanda Elen
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