Plataforma visa impedir destruição da Amazônia por meio da defesa dos direitos dos povos indígenas e das comunidades tradicionais; Greenpeace é parceiro da iniciativa
São Paulo, 22 de março de 2022 – Na última segunda-feira (21) foi celebrado o Dia Internacional das Florestas. Implementado pela Organização das Nações Unidas (ONU) desde 2012, a premissa da data é o combate à degradação do meio ambiente como forma de proteger a biodiversidade, além da defesa dos direitos das populações que vivem nestes locais﹒Para proteger as florestas é necessário, além de vontade e ações concretas, conhecimento da importância desses espaços para o nosso planeta e do quanto as florestas são necessárias para a vida humana. Pensando nisso, uma coalizão da qual o Greenpeace Brasil faz parte desenvolveu a Plataforma de Aprendizagem Todos os Olhos na Amazônia, que reúne um grande acervo de vídeos, pesquisas, documentos, dados e informações sobre a floresta.
O objetivo desta plataforma é que ela sirva como uma grande vitrine de casos de resistência de povos amazônicos na defesa de seus territórios. Por isso, naquele espaço é possível ter acesso a diversos materiais que promovem a conservação da floresta amazônica e o equilíbrio ambiental do planeta. São textos, vídeos, fotos, podcasts, animações, que compõem um rico mosaico das lutas que acontecem hoje na Amazônia. Os conteúdos estão disponíveis a qualquer pessoa e podem ser acessados em português, inglês e espanhol.
Ali é possível, por exemplo, conhecer a luta dos A’i Cofán, do Equador, que em 2018 obtiveram nas cortes da justiça equatoriana uma decisão que proibiu a exploração mineral em seu território — protegendo mais de 32 mil hectares. Ou o caso Karipuna, de Rondônia: entre 2018 e 2020, eles conseguiram reduzir em 62% o desmatamento dentro de seu território, graças a um trabalho de monitoramento territorial, denúncias legais e advocacy.
Outro aspecto importante da plataforma é seu propósito educacional: ao registrar e compartilhar essas experiências, o site pretende inspirar outras populações na defesa de suas terras e compartilhar as lutas com outras organizações e movimentos. Uma página do portal, por exemplo, é dedicada ao Intercâmbio de Conhecimento, que permite ao visitante conhecer a Amazônia e seus habitantes através de trocas de saberes e experiências como webinars, comunidades de aprendizagem, além da disponibilidade de uma agenda de eventos organizados por todos os parceiros que compõem o projeto.
Também estão disponíveis no portal uma biblioteca com pesquisas, relatórios e documentos sobre questões relacionadas à defesa dos direitos indígenas, humanos e territoriais na Amazônia, além de uma grande galeria de vídeos, com entrevistas, séries documentais e programas sobre comunidades indígenas e tradicionais pela defesa de seus direitos e pela proteção da floresta tropical.
Para Danicley de Aguiar, porta-voz do Greenpeace Brasil, a existência da Plataforma de Aprendizagem Todos os Olhos na Amazônia no Brasil atual é uma forma de reconhecer o quão essencial é a floresta amazônica para o nosso planeta, para o desenvolvimento do país e, principalmente, para o desenvolvimento humano: “A principal chave para reconhecer a importância da floresta amazônica em nossas vidas é através do conhecimento, reconhecendo quem são os povos originários que habitam nela, o que esse meio natural produz e o quanto a degradação desenfreada da floresta afeta o clima e biodiversidade. A Plataforma TOA é uma ferramenta que ensina o que é Amazônia, porém dando voz e protagonismo aos seus próprios habitantes e defensores”.
Acesse a plataforma Todos os Olhos na Amazônia aqui
Sobre o Programa TOA
O Programa Todos os Olhos na Amazônia (TOA) visa impedir o desmatamento e degradação da floresta amazônica por meio da defesa dos direitos dos povos indígenas e das comunidades locais. Desde 2018, o Programa TOA é implementado por uma coalizão liderada por Hivos e Greenpeace que reúne mais de 30 organizações locais e internacionais que trabalham nas áreas de tecnologia, Direitos Humanos e indígenas, conservação, transparência, incidência e aplicação da lei.
Assessoria de imprensa Greenpeace Brasil
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