Professor Fabio Delatore, docente de Engenharia Elétrica da FEI, comenta avanço na eletrificação da mobilidade e perspectivas para essa transição no Brasil
Decisivos em estratégias de sustentabilidade e de mitigação das mudanças climáticas, os veículos elétricos (VEs) se consolidam como uma tendência irreversível em todo o mundo para a mobilidade, alcançando recentemente um importante avanço. De acordo com uma reportagem do site britânico Autocar, a BP, uma das maiores empresas globais dos setores de energia e petróleo, já tem postos de recargas para carros elétricos que lucram tanto quanto as tradicionais bombas de combustível no Reino Unido.
“O caso da BP é um exemplo desse movimento irrefreável da indústria. A eletrificação da mobilidade, prevista em acordos climáticos como o de Paris e, recentemente, o da COP26, tem sido acelerada não apenas por indivíduos preocupados com o meio ambiente, mas também por empresas que precisam atender diferentes metas de redução de emissões de gases de efeito estufa junto aos seus stakeholders”, explica o professor de Engenharia Elétrica da FEI Fabio Delatore. “Os investimentos, no entanto, precisam equilibrar o atendimento à demanda por veículos com a infraestrutura de recarga disponível, algo que deve ser acompanhado com atenção, apesar da boa notícia da BP”, diz.
De acordo com a petrolífera britânica, a transição completa de seus postos de combustíveis para pontos de recarga para VEs deve ocorrer até 2025. Além disso, o significativo resultado financeiro vem no rastro de aquisições voltadas para infraestrutura elétrica, caso da Chargemaster, agora chamada BP Pulse. A proposta da empresa — com operações também na China, Holanda, Alemanha e Estados Unidos — é ampliar sua rede global de carregamento para veículos elétricos dos atuais 11.000 para 70.000 pontos até 2030.
No Brasil, conforme explica o docente FEIano, temos testemunhado também progressos acelerados na eletrificação da mobilidade, com registro de crescimento de 77% nas vendas de carros elétricos em 2021, segundo a Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE). “Por outro lado, para alcançar resultados como o da BP no Reino Unido, temos muito a evoluir na expansão da infraestrutura de recarga, ela ainda não alcança com penetrabilidade todo o país, especialmente nos interiores”, conta ele. “Em paralelo, há boas iniciativas, que já estão em operação, por exemplo, no eixo Rio-São Paulo e Curitiba-São Paulo, por meio de parcerias entre os fornecedores dos equipamentos de ponto de recarga, as concessionárias e as distribuidoras de energia, além das montadoras de veículos elétricos. No entanto, ainda são insuficientes para atender a futura demanda”, conclui.
FEI é pioneira do desenvolvimento de veículos elétricos no Brasil
Com o objetivo de formar profissionais que dominem as práticas de suas indústrias, ao mesmo tempo que atuam com inovação e empreendedorismo em soluções, a FEI tem protagonismos históricos em projetos que, especialmente hoje, são tendências irreversíveis no mercado, a exemplo do carro elétrico, desenvolvido em nossos laboratórios desde 2006. Inclusive, em 2019, a FEI em parceria com a ABB, inaugurou o primeiro eletroposto localizado dentro de uma instituição de ensino no estado de São Paulo, em seu campus na cidade de São Bernardo do Campo.
O equipamento instalado no campus da FEI é um carregador modo 3, do tipo wallbox, que atende ao padrão de recarga de todos os carros elétricos atualmente disponíveis no mercado, disponibilizando uma potência de até 11kW. Para o professor Fábio Delatore, este é mais um grande marco para a Instituição. “A unidade de abastecimento reflete a nossa cultura de inovação e busca por suprir demandas crescentes na sociedade. Tivemos, recentemente, visitas de proprietários de veículos elétricos que, ao visualizar o eletroposto da FEI, incluíram a Instituição em sua rota, com o apoio de um aplicativo chamado Plug Share, que permite identificar os locais de recarga disponíveis, não apenas no Brasil, mas no mundo inteiro. E no aplicativo consta o nosso equipamento, para o qual eu mesmo efetuei o cadastro após a instalação”, afirma.
Fonte: Fabio Delatore: professor de Engenharia Elétrica da FEI e coordenador do projeto Fórmula FEI Elétrico.
Sobre a FEI
Com 81 anos de tradição, a FEI é referência entre as instituições de Ensino Superior no Brasil nas áreas de Administração, Ciência da Computação e Engenharia. A Instituição, que possui história em inovar, já formou mais de 60 mil profissionais e tem como propósito proporcionar conhecimento aos seus alunos por todos os meios necessários, visando à construção de uma sociedade desenvolvida, humana e justa.
Mantida pela Fundação Educacional Inaciana Pe. Sabóia de Medeiros, a FEI integra a Rede Jesuíta de Educação e oferece os cursos de Administração, Ciência da Computação e Engenharia — habilitações em Engenharia Civil; Engenharia de Automação e Controle; Engenharia de Produção; Engenharia Elétrica; Engenharia Mecânica e Engenharia Mecânica com ênfase Automobilística; Engenharia Química e Engenharia de Robôs. Oferece ainda cursos de pós-graduação lato sensu nas áreas de Gestão, Tecnologia e Engenharia; mestrado em Administração, Engenharia Elétrica, Mecânica e Química; e doutorado em Administração e Engenharia Elétrica.
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