A produção industrial brasileira cresceu 0,2% em novembro frente ao mês imediatamente anterior (série com ajuste sazonal), após recuar 1,2% em outubro e avançar 0,7% em setembro. No confronto com igual mês do ano anterior (série sem ajuste sazonal), o total da indústria apontou queda de 1,1% em novembro de 2016, 33ª taxa negativa consecutiva nesse tipo de comparação, mas a menos intensa desde março de 2014 (-0,4%). Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (5), no Rio, pelo IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
No índice acumulado para os 11 meses do ano, o setor industrial recuou 7,1%. O indicador acumulado nos últimos 12 meses, com recuo de 7,5%, reduziu o ritmo de queda frente ao registrado em junho (-9,7%), julho (-9,5%), agosto (-9,3%), setembro (-8,7%) e outubro (-8,4%).
Na passagem de outubro para novembro de 2016, 13 dos 24 ramos pesquisados mostraram taxas positivas, com destaque para o avanço de 6,1% registrado por veículos automotores, reboques e carrocerias. Outras contribuições positivas relevantes sobre o total nacional vieram de indústrias extrativas (1,5%), de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (6,6%), de máquinas e equipamentos (2,4%), de confecção de artigos do vestuário e acessórios (4,4%), de produtos de minerais não-metálicos (2,2%) e de produtos de borracha e de material plástico (2,2%).
Por outro lado, entre os 11 ramos que reduziram a produção nesse mês, o desempenho de maior importância foi assinalado por coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis, que recuou 3,3%. Outros impactos negativos importantes foram observados nos setores de perfumaria, sabões, produtos de limpeza e de higiene pessoal (-1,8%), de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-3,1%), de outros equipamentos de transporte (-5,7%), de produtos alimentícios (-0,3%) e de produtos de metal (-1,6%). Essas atividades também apontaram taxas negativas em outubro: -1,9%, -3,4%, -4,2%, -3,3% e -2,6%, respectivamente.
Entre as grandes categorias econômicas, ainda na comparação com o mês imediatamente anterior, bens de consumo duráveis (4,0%) e bens de capital (2,5%) mostraram as taxas positivas mais acentuadas em novembro de 2016, com o primeiro revertendo a queda de 0,9% registrada em outubro e o segundo eliminando parte da perda de 10,1% acumulada entre julho e outubro de 2016. O segmento de bens intermediários (0,5%) também apontou crescimento e recuperou parte do recuo de 2,0% verificado em outubro. Por outro lado, o setor produtor de bens de consumo semi e não-duráveis (-0,5%) assinalou a única taxa negativa e completou o quinto mês consecutivo de queda na produção, acumulando nesse período redução de 6,1%.
Ainda na série com ajuste sazonal, a evolução do índice de média móvel trimestral para o total da indústria caiu 0,1% no trimestre encerrado em novembro de 2016 frente ao nível do mês anterior, mantendo a trajetória descendente iniciada em julho de 2016.
Entre as grandes categorias econômicas, o segmento de bens de capital (-1,2%) mostrou o recuo mais intenso. Os setores produtores de bens de consumo semi e não-duráveis (-0,8%) e de bens intermediários (-0,2%) também registraram reduções. Por outro lado, o segmento de bens de consumo duráveis (1,7%) assinalou o único resultado positivo no trimestre encerrado em novembro de 2016 frente ao nível do mês anterior.
Fonte: Agencia Rio de Notícias e IBGE
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