O início da 31ª edição da feira da Mecânica, que acontece até o dia 21, nos Pavilhões do Anhembi, em São Paulo, já agrada a organizadora do evento, Reed Alcantara Machado. Após a Associação Brasileira de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) anunciar, ano passado, que deixaria de apoiar o evento para criar a sua própria feira setorial, a empresa tinha nas mãos o desafio de manter a feira no mesmo nível apresentado nos últimos 58 anos.
A saída da Abimaq permitiu que a Associação Brasileira dos Importadores de Máquinas e Equipamentos Industriais (Abimei), ganhasse um espaço de maior destaque no evento. Apesar de se tornar o principal apoiador da feira, o presidente da Associação, Paulo Castelo Branco, que também é presidente da fabricante nacional TecnoPress Automação Industrial, lamenta a divisão das feiras setoriais.
“Não traz ganho a ninguém, nem Abimaq, nem Abimei e nem para o cliente. Não é uma coisa feliz para mim essa dissociação, mas para a Abimei está sendo positivo”, diz. Branco acredita que a “nebulosidade” sobre mercado esteja se “dissipando” com a mudança governamental e entende que o momento é delicado para se fazer negócios, mas já enxerga uma esperança maior. “A pior coisa que aconteceu com a crise foi tirar a confiança do povo. […] A indústria está descapitalizada, mas já dá para ter uma luz”, ressalta o executivo.
O vice-presidente da Reed Alcantara Machado, Paulo Octávio Pereira de Almeida, fala que está surpreso com o feedback positivo em relação ao público da feira, especialmente em um período delicado na economia e política do País. A organização prevê cerca 90 mil visitantes durante os cinco dias de evento. Almeida, entretanto, se surpreende com os 60 mil pré-credenciamentos realizados até o primeiro dia da feira.
“Reunimos aqui 29 setores da indústria, representados por mais de 2.100 marcas, na feira que é a melhor plataforma de negócios para o setor de bens de capital. Também trabalhamos fortemente para reunir top buyers com os produtos e serviços que realmente procuram na Mecânica. A cada edição, nos transformamos cada vez mais em gestores dessa comunidade, com ferramentas como o aplicativo mobile, que sugere as principais marcas que cada visitante deve conhecer”. A Reed também recebe caravanas de 10 cidades brasileiras, facilitando o acesso de potenciais compradores ao evento.
Outra surpresa para o vice-presidente da promotora de eventos é o número de compradores internacionais confirmados no evento. A estimativa inicial indicava 450 compradores de 44 países, até ontem (17) a organizadora já afirmava que o número de compradores internacionais ultrapassava de 880, oriundos de 64 países.
Embora a feira tenha diminuído em relação a outras edições, seja pela divisão das feiras setoriais ou pela crise econômica, a Reed Alcantara Machado optou por manter uma agenda positiva através da oferta de mais conteúdo – através de palestras e fóruns – e da Área de Inovação, espaço criado para mostrar os lançamentos inovadores, a partir do critério de um curador contratado especialmente para a seleção dos produtos.
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