As montadoras precisam estabelecer novas formas de parcerias com empresas de tecnologia para se fortalecerem no futuro com veículos elétricos, automóveis conectados e carros autônomos. Elas são fundamentais para uma indústria automotiva em constantes transformações, e importantes demais para serem minadas por questões culturais. Essas são algumas das conclusões da pesquisa “Preenchendo o hiato cultural em parcerias automotivas” (Bridging the culture gap in auto aliances, em inglês), conduzida pela KPMG.
“Choques de culturas corporativas podem ser fatais para estas parcerias. No entanto, os desafios podem ser superados se as partes se planejarem para isso. Quando a aliança está instalada e funcionando, manter o foco em objetivos mutuamente benéficos pode encorajar a verdadeira colaboração que ajudará as empresas parceiras a prosperarem no negócio automotivo”, afirma Ricardo Bacellar, Líder do setor de Industrial Markets e Automotivo da KPMG no Brasil.
O conteúdo destacou ainda que estas parcerias não são novidade. Historicamente, elas se concentraram em grandes programas baseados em projetos para criar veículos ou componentes específicos, ou para entrar em uma nova geografia. No entanto, os movimentos atuais envolvem inovação tecnológica em alto grau. Conforme as empresas tentam entrar na próxima era da indústria, elas devem contar com parceiros para projetar e produzir veículos elétricos, veículos autônomos e novos tipos de automóveis que dependem fortemente do know-how tecnológico que muitas vezes as montadoras não têm.
“As parcerias representam apostas estratégicas no futuro do setor. Elas oferecem às empresas automotivas uma maneira de fazer o que não conseguiriam sozinhas, como compartilhar custos e obter acesso a novas competências. Ao contrário dos arranjos do passado, essas alianças devem ser intersetoriais, envolvendo fabricantes de semicondutores e software, startups e empresas de outros países”, destaca Ricardo Bacellar.
A pesquisa da KPMG destacou ainda um plano para o sucesso destas parcerias, sendo que as organizações devem estar alinhadas nas seguintes áreas:
– Confiança: os líderes devem demonstrar habilidades pessoais, comportamentos de liderança e fomentar a autonomia entre os trabalhadores.
– Compromisso de mudança: uma parceria forte evolui com o tempo e a liderança deve verificar periodicamente a direção estratégica e o seu impacto na cultura.
– Continuidade: mudanças de posições devem ser planejadas cuidadosamente para evitar perturbações para equipes de trabalho.
– Respeito: os trabalhadores devem mostrar respeito com a história das organizações, as diferenças e as competências de colegas de trabalho, mas devem ser abertos também às novas formas de trabalhar.
– Colaboração: trabalhar em conjunto significa a convivência de formas de trabalho acordadas, fóruns para discussões, objetivos comuns, compromisso à igualdade de oportunidades e representação.
– Assumir riscos: os trabalhadores devem estar à vontade para assumirem riscos e criarem soluções em nome da inovação.
“Antes de qualquer formalização de parceria, as organizações devem realizar uma avaliação cultural e identificar diferenças que possam criar obstáculos às equipes. É necessário ainda um planejamento cuidadoso das estruturas de governança e liderança. Estabelecida a forma de operação, as equipes devem se alinhar com os objetivos para criarem metas comuns e impulsionarem a colaboração. Um importante passo inicial é atribuir ao projeto nome próprio, marca e logotipo”, complementa Ricardo Bacellar, da KPMG.
Uma vez lançada esta base, a parceria pode avançar com a integração cultural, que gira em torno de quatro conceitos-chave: informar, equipar, engajar, conectar. Estes conceitos são interligados e é importante que a organização direcione cada um deles conforme o processo avança do anúncio à produção.
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Sobre a KPMG
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Autor: Oficina de Comunicação (RV&A)
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