Consultoria já conseguiu reduzir em até 42% volume de estoque ocioso em cliente da companhia
O custo em manter estoques de peças de reposição pode representar de 15% a 20% do faturamento de muitas indústrias. Esse valor expressivo, que compromete a competitividade e a rentabilidade das empresas, pode ser significativamente reduzido com uma gestão mais eficiente e estratégica. Entendendo as necessidades do setor industrial, a SKF, líder em tecnologias de rolamentos e soluções de engenharia avançada, desenvolveu o serviço de consultoria em estruturação de dados, uma solução que busca otimizar o controle de peças no parque fabril, peças de reposição e a performance geral de equipamentos industriais.
O nome faz referência ao elevado nível de detalhamento que a companhia oferece sobre os componentes e maquinários presentes nas plantas industriais. A proposta do serviço é fornecer às empresas informações detalhadas sobre seus equipamentos, o que possibilita uma gestão mais eficaz do estoque de peças, reduzindo custos e melhorando a eficiência operacional.
O projeto é desenvolvido por um time multidisciplinar, composto por especialistas de Engenharia Avançada, Projetos e Confiabilidade, com o objetivo de melhorar o acervo técnico com informações detalhadas em busca de uma performance de alto nível na produção, manutenção e compras, além de otimizar o uso de espaço para peças de reposição dentro das plantas.
Redução de estoques e aumento da competitividade
Conforme explica Thiago Lima, coordenador de Serviços de Engenharia Avançada e Confiabilidade do Mercado Industrial da SKF, um dos maiores desafios enfrentados pelas indústrias é o alto custo com a manutenção de estoques de peças de reposição. “Ao manter uma grande quantidade de itens em estoque, as empresas não apenas gastam recursos financeiros consideráveis, mas também ocupam espaços valiosos que poderiam ser utilizados de maneira mais eficiente em sua planta e contribuir no impacto ambiental com a redução dos componentes”.
Com estruturação de dados, a SKF atua diretamente nesse ponto de dor, ajudando as empresas a reduzir peças sobressalentes não utilizadas e a manter apenas aquelas que realmente são necessárias para as operações, com a vantagem de garantir a disponibilidade de peças essenciais para a manutenção e operação das máquinas.
Em uma recente implementação do serviço em uma indústria do setor de mineração, por exemplo, a SKF conseguiu reduzir em 42% os códigos duplicados de rolamentos em estoque, o que não apenas gerou ganho de espaço no almoxarifado, mas também contribuiu para uma manutenção mais eficiente e econômica. Com isso, a empresa pode realizar manutenções de forma mais rápida e com menor impacto no tempo de inatividade dos equipamentos.
A metodologia do Estruturação de Dados: dados e integração
A implementação do Estruturação de Dados segue uma metodologia estruturada, com o levantamento minucioso de dados sobre o parque industrial e de reserva da empresa. A SKF segmenta a árvore de manutenção do cliente em diferentes níveis, que podem variar ao 6º e ao 7º nível.
O processo de implementação pode levar de um mês a dois anos, conforme a complexidade dos dados e da planta do cliente, e envolve uma série de etapas, como o levantamento em campo, avaliação das condições existentes, cadastramento de informações técnicas em data book, desenhos técnicos, consulta ao fabricante, a definição de padrões, e até realização da engenharia reversa do equipamento.
Durante o processo, a SKF trabalha de perto com a fábrica para coletar informações detalhadas sobre os equipamentos, peças e fornecedores. Esses dados são inseridos no sistema da empresa, garantindo que todos estejam centralizados e acessíveis para os vários níveis da organização, desde a operação fabril até a alta liderança, o que facilita a tomada de decisões estratégicas de forma rápida e eficiente.
Além disso, o projeto garante que todas as peças e equipamentos da planta tenham sua identidade única registrada no sistema, com a instalação de placas com QR Code. Esses códigos direcionam os técnicos para informações cruciais sobre cada equipamento, como fichas técnicas e catálogos, permitindo uma manutenção mais assertiva e reduzindo o risco de erros na escolha das ferramentas e das peças de reposição, ganhando tempo na manutenção.
Em uma indústria sem estruturação de dados, o técnico precisa desmontar o equipamento, descobrir qual peça precisa ser substituída, apurar se ela está disponível no estoque, e, caso não esteja, pedir ao setor de compras para fazer a aquisição. Enquanto isso, a máquina fica parada aguardando a chegada da nova peça e remontagem para entrar novamente em operação.
“Com esse detalhamento da proposta da Estruturação de Dados, o técnico não precisa desmontar o equipamento, pois pode saber quais são as peças internas, ao fazer a leitura do QR Code. A partir disso, ele consegue buscar a exata peça de reposição no almoxarifado ou fazer o pedido ao setor de Compras. Logo em seguida, ele executa o serviço de desmontagem e montagem com a peça correta em mãos, reduzindo o custo de maquinário parado”, explica Thiago Lima.
Capacitação e rastreabilidade
Um dos grandes diferenciais da Estruturação é a capacitação oferecida aos colaboradores da empresa. Durante o processo de implementação, a SKF não apenas estrutura o sistema, mas também garante que a equipe do cliente esteja treinada para operar a plataforma e utilizar as informações com eficiência. Afinal, o sistema precisará ser atualizado a cada retirada ou substituição de peças para continuar eficiente.
A rastreabilidade é outro ponto forte: com a identificação única dos equipamentos, é possível realizar atualizações no sistema e acompanhar a movimentação de cada peça com precisão, garantindo que a manutenção ocorra com as peças corretas e no momento adequado.
Ou seja: vai além da simples gestão de estoque. A estruturação de Dados proporciona uma análise aprofundada de cada equipamento, o que permite à indústria avaliar o ciclo de vida das peças, identificar fornecedores mais eficientes, e realizar uma gestão mais estratégica do seu parque industrial.
O objetivo final é transformar o sistema de dados do cliente na ferramenta mais fiel possível à realidade, com o máximo de informações para que ele possa tomar decisões baseadas em dados concretos. “O projeto permite uma análise detalhada da vida útil dos equipamentos, do estoque de peças, da otimização do uso do espaço e, principalmente, da gestão estratégica dos ativos da planta”, reforça Lima.
Em um cenário onde a gestão de ativos e a otimização de recursos são cada vez mais fundamentais para o sucesso das indústrias, consultorias como o Sexto Nível representam um passo importante para que estas companhias possam se manter atualizadas em um mercado mais exigente e dinâmico.
Para mais postagens, acesse manutencao.net.
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