Temos abordado recentemente em nossos artigos temas relacionados à Eficiência, Transformação Digital, Anywhere Channel, entre outros. Muito focados na revisão de modelos operacionais e de negócios, com o objetivo de contribuir na reflexão e apoio a gestores de empresas de quaisquer portes, nossos conteúdos compartilharam insights de como “colocar a mão na massa” e sairmos melhores e maiores deste contexto crítico sem precedentes na história recente.
É claro que a rentabilidade e a lucratividade em nossas operações é pauta vital e de sobrevivência, sem a qual não temos agenda disponível para trilharmos outros desafios não menos importantes. É com este intuito que abordamos no nosso Papo Jedi desta semana o ESG – Environmental, Social and Governance. E o seu? Como vai?
Basta observar os movimentos nas mídias sociais, nos jornais impressos, nos webinares e demais meios de comunicação, para entendermos que os temas estão indo além dos temas tradicionais. O farol anda se voltando com força para as práticas de sustentabilidade e suas derivadas. Muito além do viés ambiental, debatemos a sustentabilidade do negócio de forma mais ampla. Destacam-se aqui as práticas de ESG e as Empresas B (B Companies) que fortalecem os compromissos de longo prazo com fornecedores, clientes e demais elos da cadeia. O sucesso das empresas será medido pelo impacto que causam em pessoas, na natureza e na sociedade.
O intenso destaque à importância das melhores práticas relacionadas ao meio-ambiente, às ações sociais e à governança tem aumentado progressivamente. Clientes e consumidores, independentemente em que pedaço da cadeia de consumo ele se encontra, estão valorizando com maior intensidade e se conscientizando sobre as posturas e ações empresariais e de seus representantes. Desta forma, o espaço para atuação das empresas que miram tão somente a sustentabilidade financeira de seu negócio está ficando diminuto.
O conceito de Sustentabilidade não é novo. Suas discussões tiveram início em 1972, em uma Conferência das Nações Unidas sobre meio ambiente. Desde então, este tema só vem ganhando maior abrangência e mais força não somente nos órgãos regulamentadores, mas também no mercado financeiro. Prova disso é que temos, inclusive, índices específicos nas Bolsas de Valores, critérios para aprovação de crédito no mercado, que prezam por estes aspectos.
As práticas de ESG contam com ações voltadas para o meio ambiente, sustentabilidade econômico-financeira, responsabilidade social e governança corporativa, esta última, baseada, e não somente, na lei da FCPA – Foreign Corrupt Practices Act, estabelecida nos anos 70, mas que explodiu nos anos 2000 com escândalos midiáticos de empresas multinacionais renomadas.
E onde toda essa história começa nas organizações? Pelo assertivo e profundo mapeamento e conhecimento dos processos, identificação franca de nossas fragilidades e oportunidades internas, construção e apropriação da matriz de riscos e o estabelecimento de estratégias e planos de ação de curtíssimo a longo prazo, garantindo a melhoria contínua.
O que queremos ressaltar hoje é que, mesmo para temas de alta complexidade e abrangência como o ESG, tudo começa no básico, em olhar para dentro de nossas organizações, de forma honesta e transparente, desafiando o próprio modelo, o mindset e times. Sonhar alto e traçar um caminho orientado para o cumprimento destes objetivos é responsabilidade de todos nós. Acreditamos que melhor que crescer, é crescer de forma sustentável, ética, pensando e agindo para o coletivo.
Por Jéssica Costa e Priscila Saad, da AGR Consultores
Fonte: Spin Comunicação
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