Diretores e coordenadores de cursos superiores no Brasil precisam estudar mais sobre educação para não perpetuar preconceitos e reformular práticas educacionais com ensino remoto. É o que afirma o especialista internacional em educação e tecnologia, Alfredo Freitas, que também dirige a universidade americana — Ambra University.
Dados divulgados pelo Ministério da Educação revelam que existem 2.608 instituições de ensino superior no Brasil. 2.076 são faculdades, 294 centros universitários, 198 universidades e 40 Institutos Federais de Educação e Centros Federais de Educação Tecnológica. Mas será que os dirigentes destas instituições estão preparados para o futuro híbrido e mais conectado da educação no país? Para o especialista internacional em educação e tecnologia, Alfredo Freitas, falta conhecimento.
“Um professor de direito civil, por exemplo, que é alçado a cargo de gerência ou coordenação pedagógica, usualmente terá sua base profissional construída no Direito. Na prática atual no Brasil, este profissional, embora alçado a um novo cargo de reitor, pró-reitor, coordenador, quase nunca estuda sobre a educação. O que é método? O que é técnica de ensino? Quais são os métodos disponíveis? Quais as técnicas de aprendizagem? Como as pessoas aprendem? Como o público de adultos aprende? É diferente do público de crianças? Qual é o perfil dos estudantes no curso? Perguntas como estas geralmente não são facilmente respondidas”, afirma Freitas.
“Entender as alternativas que se tem e como criar um processo de ensino e aprendizagem para determinado público. Como pensar fora dos estereótipos? Os líderes da educação têm a obrigação de responder a si mesmos estas questões. A grande maioria sequer domina a dinâmica do ensino presencial, quiçá o ensino virtual. Há muito desconhecimento e, por isso, a melhor maneira é rechaçar esta modalidade de ensino. Não precisamos nem discutir o quanto errada é essa visão”, afirma Alfredo Freitas.Para o especialista, esta dinâmica universitária de elevar professores a cargos de gestão sem o estímulo para aprender sobre educação perpetua estereótipos e preconceitos, principalmente com relação ao ensino remoto. Alfredo Freitas explica que o atual cenário pós pandêmico obriga de forma ainda mais célere a reflexão sobre o assunto. Para ele, gestores educacionais no Brasil precisam assumir esta responsabilidade pelo futuro da educação no país.
*Alfredo Freitas é pós-graduado em ‘Project Management’ pela Sheridan College no Canadá, graduado em Engenharia de Controle e Automação e Mestre em Ciências, Automação e Sistemas, pela Universidade de Brasília. O renomado profissional tem mais de 15 anos de experiência em Tecnologia e Educação. É atualmente Diretor de Educação e Tecnologia da Ambra University. A Universidade americana é credenciada e tem cursos reconhecidos pelo Florida Department of Education (Departamento de Educação da Flórida) sob o registro CIE-4001. Além disso, a universidade conta com histórico de revalidação de diplomas no Brasil.
Fonte: Ulisses Couto
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