A produção industrial brasileira caiu 0,9% em fevereiro, segundo a Pesquisa Industrial Mensal (PIM-PF), divulgada pelo IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – nesta quarta-feira (1), no Rio, após avançar 0,3% em janeiro último quando interrompera dois meses seguidos de taxas negativas: -1,2% em novembro e -1,6% em dezembro.
Na série sem ajuste sazonal (confronto com fevereiro de 2014), a indústria recuou 9,1%, décima segunda taxa negativa consecutiva e a mais intensa nessa comparação desde julho de 2009 (-10,0%). No ano, a indústria acumulou queda de 7,1%. O acumulado nos últimos doze meses (-4,5%) manteve a trajetória descendente iniciada em março de 2014 (2,0%)e assinalando o resultado negativo mais intenso desde janeiro de 2010 (-4,8%).
A redução de 0,9% da atividade industrial de janeiro para fevereiro mostrou recuos nas quatro grandes categorias econômicas e em 11 dos 24 ramos pesquisados. Entre os setores, as principais influências negativas vieram de veículos automotores, reboques e carrocerias (-1,7%), produtos do fumo (-24,0%) e equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-4,2%), com o primeiro assinalando o terceiro mês seguido de queda na produção e acumulando no período recuo de 8,9%; o segundo com redução de 48,0% em seis meses consecutivos de taxas negativas e o último eliminando a alta de 1,5% observado em janeiro.
Outras contribuições negativas importantes sobre o total da indústria vieram de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-3,4%), de metalurgia (-0,9%), de bebidas (-1,2%), de artefatos de couro, artigos para viagem e calçados (-2,4%) e de produtos de minerais não-metálicos (-1,1%). Vale ressaltar que, com exceção do primeiro setor que mostrou taxa negativa pelo terceiro mês seguido e acumulou perda de 6,4% nesse período, as demais atividades apontaram resultados positivos em janeiro último: 6,3%, 0,4%, 2,5% e 0,9%, respectivamente.
Por outro lado, entre os doze ramos que ampliaram a produção nesse mês, os desempenhos de maior importância para a média global foram assinalados por perfumaria, sabões, detergentes e produtos de limpeza (2,0%), indústrias extrativas (0,9%), produtos de metal (2,9%), produtos têxteis (4,6%), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (0,6%) e máquinas e equipamentos (1,2%).
Entre as grandes categorias econômicas, ainda em relação a janeiro, bens de capital (-4,1%) mostrou a redução mais acentuada, principalmente devido à menor produção de caminhões, ainda afetada pelas férias coletivas em várias unidades. Esse resultado eliminou parte do avanço de 8,2% assinalado em janeiro.
Os setores produtores de bens de consumo semi e não-duráveis (-0,5%), de bens de consumo duráveis (-0,4%) e de bens intermediários (-0,1%) também registraram resultados negativos em fevereiro, com os dois primeiros apontando o quinto mês consecutivo de queda na produção e acumulando nesse período perdas de 4,9% e de 8,9%, e o último voltando a recuar após interromper no mês anterior o comportamento predominantemente negativo presente desde setembro de 2014.
Assim, a média móvel trimestral da indústria recuou 0,8% no trimestre encerrado em fevereiro de 2015 frente ao nível do mês anterior, após assinalar recuos em novembro (-0,5%), dezembro (-0,9%) e janeiro (-0,9%).
Via Agência Rio
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